Leça da Palmeira

A vida entre o Porto de Leixões, a Exponor, a Petrogal e o mar.

domingo, setembro 25, 2005

Uma possível resposta


A palavra "Graffiti" é o plural de "graffito". Termos derivados do italiano e cujo significado se aproxima da palavra riscar.

Ao contrário dos antigos graffitis - mais figurativos - os modernos podem-se traduzir em palavras (de difícil decifração para os leigos, usualmente a assinatura dos próprios autores que tentam, assim, delimitar espaço) ou imagens. Confesso preferir estas últimas.

A questão nem passa tanto por saber se os riscos que encontramos um pouco por todo o lado - e Leça não foge à regra - são arte ou não, mas sim se são legais. Ora, como é fácil depreender, sempre que as "pinturas" não são autorizadas não poderemos falar de uma actividade legal. Não é por acaso que a maioria é realizada fora de horas (e de olhos mais curiosos).

Há nesta cultura "graffiti" (inscrita nos pergaminhos da geração e do movimento Hip-Hop) uma certa transgressão. Pintar apenas em locais autorizados poderá não ter grande piada para os seus autores, mas, talvez por isso, esta prática seja olhada com certa desconfiança por grande franja da população que a vê mais como vandalismo do que como arte.

Pessoalmente, tenho dificuldade em catalogar uma actividade como arte. Fazer fotografias triviais dos amigos e das férias não é arte, tal como fazer um desenho muito bonitinho com sprays numa parede não o é, per si. Mas, essa discussão é longa e difícil. Fiquemo-nos com dois exemplos do que pode ser vandalismo apenas e do que (dependendo dos parâmetros de cada um) poderá estar mais próximo da arte ou, pelo menos, de algo mais agradável para os sentidos.

Antes (puro vandalismo):


Depois (deixo à consideração):

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